sábado, 16 de junho de 2012

Uma prece para Jonaval


Alguns dias ele não aparece. Olhamos sua cadeira, sua mesa, suas moedas de 0,5 centavos, mas não está.
Sua ausência fez muita gente falar, enquanto, calado permanece.
Na sala de imprensa não chegou, adoeceu, entristeceu,  com problemas na sua família, nada falou. O que maltrata a alma tão sensível do poeta, que rir, chora, cala?
É verdade o poeta tem alma.
Entristeceu pela perda de um colega.
Da política e falta dela, da ausência de gestores e abundancia de corrupções. Dessa gente pobre, vazia de espírito, gente que para alegrar a alma, festeja para esbanjar, sorrir, cantar, extrapolar, nos carteados, regados a champanhes, proseccos, espumantes, whiskys, e vinhos franceses (sangui de buá).
Derrames de recursos públicos pelo ralo, verbas publicas em contas particulares, criancinhas de bocas e estômagos vazios…
Sim, ele chora.
Essa noite vou fazer uma prece por um pai que ama, chora e cala.
Pai não afasta de nós o Jonaval e nem cale-se… Pai nosso que estás no céu traz de volta a terra homens de alma, como o Jonaval.
Amém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário