Quem estar no topo da pirâmide social, mora em coberturas e
mansões: é luxo só. Quem faz parte da base, vai se amontoando nas favelas e
palafitas: é lixo só. Mas, é nesses
grotões que os primeiros vão buscar a mão de obra escrava para
satisfazer as suas orgias.
Quem faz parte da elite tem segurança, educação, saúde e
infra - estrutura de primeiro mundo para si e para os seus filhos. Quem é da
base vive inseguro, não tem escola,
morre por falta de assistência médica, não tem saneamento básico e sofre preconceitos e
humilhações.
Uma senhora, moradora da Ilhinha, sentiu isso. Foi assaltada
na Avenida Ferreira Goulart, em plena luz do dia. O assaltante (menor de l5
anos), conhecido da vítima, levou a sua bolsa contendo documentos pessoais, dinheiro,
um aparelho celular e as chaves da residência onde trabalha. Passado o susto, a
humilhação, deslocou-se ao Distrito Policial para registrar a ocorrência e,
assim , justificar o atraso ao trabalho e a falta das chaves.
Segundo ela: “o que passei, fui chamada de vagabunda, tive uma arma encostada à minha barriga, não foi
nada diante da humilhação e da discriminação que sofri da minha patroa, ao invés
de uma palavra de conforto ou
solidariedade,quando lhe entreguei o BO. Ela me olhou e, em tom
ameaçador, disse: vocês mesmos roubam uns aos outros. Estou traumatizada”, diz
chorando.
Não podemos calar diante de atitudes como essa. É preciso
dizer que marginais existem em todas as camadas sociais. E os engravatados,
sonegadores de impostos, compradores de diplomas, políticos corruptos, aliciadores
de menores, não estão na periferia. Têm
endereços nas áreas nobres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário