*Por Silvestre
Apesar de não ter sido um dos fundadores do PDT, mas na
época do bipartidarismo, imposto pela ditadura milita, convivi com Jackson
Lago, Pedro Lago, Alaíde, Terezinha, Reginaldo Teles, Maria Lúcia, Léo Costa, Aroucha,
entre outros, no antigo MDB. Sempre tive uma ligação muito forte com este Partido,
pois tinha uma admiração muito grande por Leonel Brizola, a que votei, em 1989,
sendo o meu primeiro voto para Presidente da República, assim como havia votado
para Jackson Lago,a Deputado Estadual, em 1974, a minha estreia como eleitor.
Quando veio a reforma partidária, com a volta dos exilados
políticos, fundam-se novos partidos, entre eles o Partido Democrático
Trabalhista (PDT). Eu fico no Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB),mas
sem nunca perder a ligação e o repeito por estes companheiros que abraçaram a bandeira do trabalhismo e,
juntamente com eles, participei da luta pelo fim do regime de
exceção,implantado pelos militares em 1964.
Mais tarde, viemos a nos filiar nesta legenda, e participar
de suas vitórias na Prefeitura de São
Luís , três vezes com Jackson e uma com
Tadeu Palácio e, da maior derrota
imposta à oligarquia Sarney, quando o povo do Maranhão conduziu Jackson Lago ao
Governo do Estado,derrotando Roseana . Inconformado com a derrota, o cacique-mor, com sua influência, levou a
Justiça a cassar Jackson.
Com as sucessivas eleições do PDT à Prefeitura de São Luís e
ao Governo do Estado, o Partido recebeu um número significativo de filiados.
Mas tão logo a cassação de Jackson, muitos abandonaram a legenda, numa demo nstração
clara que só queriam o poder, para alimentar os seus interesses pessoais.
Mas o PDT, além do golpe judicial, sofreu outro maior: morre
Jackson Lago. Com a morte de sua maior liderança estadual, o partido
mergulha numa grande batalha campal
entre os diversos grupos, pelo comando da legenda, visando, principalmente, às
eleições municipais em São Luís. O Partido que antes era quem recebia propostas
de adesão, agora é moeda de troca por cargos e é oferecido no mercado político
como coadjuvante para o pleito de 2012. Acordos espúrios são feitos na calada
da noite à revelia da militância partidária. Agora o que prevalece é interesse
dos caciques, é o “salve-se quem puder” ou como disse o Vereador Ivaldo Rodrigues: “é tempo de
pequi, cada um por si”.
Quanta diferença de outrora, onde o DOZE era o astro que
brilhava ao tremular de suas bandeiras vermelhas. Hoje, uma simples estrela sem
luz própria. Mas, não enterrarão, jamais, os sonhos de milhares de brasileiros
e, tal como foi o seu surgimento no cenário político, qual Fênix, o PDT renascerá
das cinzas em que políticos, sem ideologia partidária, o levaram. VIVA O PDT!
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Funcionário publico municipal, Gestor de
Recursos Humanos, filiado ao PDT
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