Uma das profissões que vem se destacando no Maranhão, é a de
pistoleiro. Quem quiser viver à base de seu revólver, chegando aqui está
empregado. Patrão é o que não falta. E com uma vantagem: executou alguém, está
protegido pelo sigilo absoluto. Aqui é proibido “dedurar” pistoleiro e quem
contrata os seus serviços. São ordens da cúpula da Secretaria da Segurança
Pública. Três mortes aconteceram, no mês de abril, em São Luís, praticadas por
pistoleiros. O primeiro a ser executado foi o jornalista/blogueiro Décio Sá, do
Sistema Mirante de Comunicação, de propriedade da governadora Roseana Sarney,
que deveria ter total interesse em prender os assassinos e mandantes do seu colaborador,
mas até agora nada. Nem sequer foi divulgado um retrato falado.
As outras duas execuções, que as autoridades dizem não ter
nenhuma ligação com a morte do jornalista, mas têm os mesmos “modus operandi”.
Uma foi de um personal trainer, que momentos antes da execução de Décio, tinha
conversado com uma pessoa que ia jantar com ele. O outro executado foi um
agente policial que investigava a morte do blogueiro. Coincidência?
Nesta segunda-feira, mais duas execuções aconteceram no Maranhão.
Desta vez na cidade de Lago da Pedra, onde pai e filho foram mortos por
pistoleiros, em uma fazenda. Com essas duas mortes, sobem para doze os crimes
de pistolagem no Estado, em menos de cinco meses de 2012. A população e as
famílias das vítimas estão apavoradas, pois criminosos e mandantes estão
soltos. Será que a impunidade vai vencer
mais uma vez?
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